A Professora Marliza Beatris Reichert, membro do corpo docente da FAHOR, do Núcleo de Pesquisa, Iniciação Cientifica e Projetos e do Núcleo Ambiental da faculdade, defendeu sua Tese de Doutorado em Ambiente e Desenvolvimento envolvendo a linha de pesquisa em Ecologia, no dia 20 de dezembro de 2016.
Conforme a professora, a crescente conscientização da necessidade de preservação do meio ambiente e das exigências da população por uma alimentação saudável e com qualidade tem potencializado a produção orgânico-ecológica. Além disso, os altos custos da agricultura convencional têm levado vários agricultores a repensar sua forma de produzir. Muitos produtores familiares, excluídos do atual modelo agrícola dominante, têm encontrado nas técnicas e princípios da agricultura orgânica uma forma de viabilizar economicamente sua pequena escala de produção, permitindo, assim, um padrão de vida melhor no campo.
Para tanto a professora desenvolveu sua Tese de Doutorado voltado a esse tema tão importante para a sociedade que teve como título: Neoseiulus idaeus (Phytoseiidae): Um candidato para o controle biológico de Tetraniquídeos na cultura da soja da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, sob orientação do Prof. Dr. Noeli Juarez Ferla.
A Tese foi apresentada através do programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, pelo Centro Universitário UNIVATES de Lajeado/RS, como parte da exigência para obtenção do grau de Doutor em Ambiente e Desenvolvimento envolvendo a linha de pesquisa em Ecologia.
Parte da pesquisa foi realizada na nossa região, também nos laboratórios do Centro Universitário UNIVATES e, parte da pesquisa, foi realizada no Department of Crop Sciences, University of Natural Resources and Life Sciences – University of BODENKULTUR, Viena, Áustria sob orientação do Prof. Dr. Peter Schausberger.
Métodos de controle alternativo, como o controle biológico, utilizado em sistemas agrícolas é um componente importante no manejo integrado de pragas (MIP), principalmente quando se quer uma agricultura sustentável. Para isso, faz-se necessário conhecer a bioecologia de predadores, associados às culturas para que, de maneira eficiente, possam ser usados no controle biológico.
Dentre os estudos que foram realizados, destacam-se as formas de criação em grande escala de predadores, testes de preferência alimentar, testes de liberação em casas de vegetação e testes de liberação ao nível de campo para avaliar a capacidade de controle. Estes testes são complexos e exigem rigor científico. Criar estratégias para que os agricultores não tenham a necessidade de usar pesticidas nas plantações. A alternativa é encontrar inimigos naturais que façam o controle biológico.
O conhecimento gerado e as tecnologias criadas de combate às pragas podem ser repassados aos agricultores o que é na verdade a grande importância da pesquisa, destaca a professora.