Elaborado por acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade Horizontina, com o acompanhamento de professores do curso, o Boletim Econômico FAHOR é o mais completo instrumento de veiculação dos resultados de indicadores econômicos calculados e da análise conjuntural da inflação para a cidade de Horizontina. Atualmente, o boletim apresenta o resultado mensal e a análise comparativa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-FAHOR) e o Custo da Cesta Básica do município de Horizontina em relação aos principais indicadores de custo de vida regionais e nacionais.
Nesta semana, foi divulgado o Boletim Econômico FAHOR referente ao mês de junho. O IPC-FAHOR, que tem como principal objetivo permitir a avaliação da evolução do custo de vida da população da cidade de Horizontina ao longo do tempo, registrou pequena elevação de +0,05%.
Segundo a acadêmica Adelise Robe Budke, dentre os 16 grupos de produtos que compõe o índice, os que apresentaram maior variação positiva de preço foram: pescados (+12,44%), leites e derivados (+8,52%), enlatados e conservas (+7,08%) e panificados (6,73%). Já os grupos de produtos que apresentaram maior variação negativa de preço no mês de junho foram: aves e ovos (-11,15), tubérculos, raízes e legumes (-9,59%), cereais, leguminosas e oleaginosas (-8,27%) e açúcares e derivados (-4,74%).
De acordo com a acadêmica Vivian Baungarten, a maior contribuição para a formação do IPC de Horizontina, no mês de junho, foi o leite pasteurizado, que contribuiu com 0,0978%, devido ao aumento de +10,93% constatado neste produto. Para Vivian, o aumento se deve ao período de entressafra do leite, que também pressionou o resultado dos preços em todo o país, apresentando elevação em 12 das 17 capitais pesquisadas, com destaque para Curitiba, onde o aumento foi de +11,54%. O reflexo da alta do leite ficou também registrado nos preços dos derivados que, consequentemente, ficaram mais caros, como por exemplo, queijos e creme de leite.
Já o cálculo do Custo da Cesta Básica avalia uma lista de produtos padrão para todo o país e analisa o comportamento destas em Horizontina e algumas capitais brasileiras. Em junho, a Cesta Básica de Horizontina custou R$210,92, apresentando expressiva redução em relação ao mês anterior, com -7,80% de queda. Já as capitais brasileiras tiveram, em média, aumento de +0,01%, o que significa que os custos das cestas básicas permaneceram praticamente constantes. A queda do custo da cesta básica repetiu-se em 05 das 17 capitais brasileiras pesquisadas, registrando reduções em Brasília (-2,28%), João Pessoa (-0,90%), Recife (-0,45%), Rio de Janeiro (-0,37%) e Natal (-0,12%). Já as capitais que registram maiores aumentos foram Aracaju (+4,47%), Fortaleza (+1,80%) e Florianópolis (+1,53%).
Até o mês de maio, Horizontina tinha a segunda cesta básica mais cara no comparativo com as capitais do país. No mês de junho, Porto Alegre continuou no topo do ranking, com R$243,66. Já Horizontina, devido à significativa queda de -7,80%, caiu para a décima primeira colocação no ranking. As capitais que apresentaram as cestas básicas mais baratas foram Aracaju (R$ 176,35), seguida por João Pessoa (R$187,30), Fortaleza (R$188,67) e Recife (R$190,93).