Até pouco tempo víamos os veículos não tripulados sendo utilizados somente para fins militares. Atualmente percebe-se que estes são utilizados em indústrias, residências, em ações de marketing, entre outros. São diversos os veículos não tripulados e um deles é o DRONE, conhecido também como VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado).
O coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação da FAHOR, Cristiano Rosa dos Santos, explica que estas máquinas voadoras foram projetadas e construídas com a finalidade de serem utilizadas em missões de elevado risco para humanos. “Atualmente vemos estas máquinas sendo utilizadas muito além do uso militar, como em filmagens de casamentos, festas de aniversário, uso policial, entre outras ações de monitoramento, como na agricultura e nas áreas urbanas. A vantagem de sua utilização é o custo, que é bem menor, se comparado à utilização de um avião ou helicóptero, por exemplo”, comenta Cristiano.
Há diversas configurações de drones, mas os mais comuns são os que usam quatro motores localizados nas extremidades de quatro eixos. “Esses pequenos motores são elétricos e giram pequenas hélices que dão sustentação ao voo do dispositivo. Um aspecto importante sobre este sistema de multi-hélices é que mesmo que o motor principal deixe de trabalhar, o aparelho mantém-se no ar graças ao suporte das hélices que trabalham em conjunto”, explica o professor.
O controlador é um componente essencial no mecanismo de voo de um drone. Normalmente os especialistas controlam todos os movimentos do drone, desde o seu lançamento, navegação e manobras até a aterragem. Cristiano comenta que “na fuselagem do aparelho também está uma placa lógica que contem os sistemas de navegação e controle. Nesse circuito, dependendo do aparelho, há chip de GPS, que permite navegação precisa e voo mais livre. Usando posições de localização via satélite, é possível traçar previamente um trajeto e soltar o drone que seguirá a risca o caminho desenhado pelo controlador”.
Na mesma placa há um computador que recebe as instruções de navegação em caso de controle manual e as transmite para os motores, aumentando ou diminuindo a aceleração e a altitude. Dependendo do aparelho, há recursos de transmissão de dados para o controlador, que vão de quantidade de energia restante na bateria a imagens captadas por uma câmera embutida. Atualmente, os drones possuem um sistema onde a câmera pode se conectar diretamente com o celular, mostrando a visão do drone”, relata o professor da FAHOR.
A Engenharia de Controle e Automação, que une conhecimentos em informática, robótica, elétrica, eletrônica e programação, possibilitam projetos e construção de drones, robôs e outros veículos não tripulados.
Outros veículos não tripulados que também começam a ser utilizados de forma mais frequente são os robôs autônomos. “Inicialmente projetavam-se robôs para ambientes hostis ao ser humano, mas agora podem ser vistos na medicina, em indústrias, na agricultura e pecuária, como temos algumas experiências na FAHOR e até em residências, onde existem robôs sendo testados para limpeza da casa, entre outros”, cita o professor.