O projeto de pesquisa intitulado “Controle, monitoramento e otimização das condições de funcionamento de um biodigestor anaeróbio para a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos” foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e deve receber 25 mil reais, para a compra de equipamentos.
Coordenado pela professora Doutora em Química, Janice Zulma Francesquett, os equipamentos adquiridos serão utilizados em análises e para o monitoramento do biodigestor, visando a continuidade das pesquisas nesta área nos próximos dois anos.
A FAHOR conta com um grupo de pesquisa atuando nesta área desde 2017, sob a coordenação do professor Adalberto Lovato. Desde então, instalou-se uma usina de biogás no Campus e vários trabalhos de pesquisa foram realizados por professores e alunos de diversas áreas, já que o processo de biodigestão vem se tornando uma alternativa promissora para gerar energia de forma renovável. Nesse processo é possível reduzir a quantidade de resíduos orgânicos descartados no meio ambiente e produzir um subproduto com alta qualidade para utilização como adubo orgânico.
Neste sentido, o projeto aprovado tem como objetivo estabelecer as condições necessárias para a operação de um biodigestor anaeróbio visando a obtenção de energia renovável a partir de resíduos orgânicos urbanos e rurais oriundos da cidade de Horizontina e para isso, envolve a equipe de professores composta por Janice Zulma Francesquett, Darciane Eliete Kerkhoff, Geovane Webler, Claudia Verdum Viegas, Adalberto Lovato, Antonio Carlos Valdiero e Marliza Beatris Reichert. Além destes, atuam também no projeto, os estudantes do curso de Engenharia Química, Jadielson Rodrigues da Silva (bolsista PROBIC/FAPERGS) e Aline Peiter (voluntária).
De acordo com a coordenadora do projeto, professora Janice, pretende-se estabelecer as melhores condições para a operação do biodigestor, obter conhecimento a respeito dos principais fatores que afetam a produção e a qualidade do biogás, possuir uma base de dados significativa sobre o monitoramento do processo, bem como obter informações sobre diferentes materiais para remoção do gás sulfídrico visando a purificação do biogás obtido no processo.
“Com o desenvolvimento deste projeto, acreditamos que será possível incentivar o uso deste tipo de energia renovável na comunidade acadêmica e demais interessados da região, podendo-se utilizar a usina de biogás da FAHOR como modelo”, comentou a professora.