Os prédios de escolas, faculdades e muitas empresas praticamente vazias, restaurantes e bares fechados e as ruas com pouco movimento, geram cenários para aquela música do Raul “o dia em que a terra parou...”. Por outro lado, o movimento nas mídias sociais, aumentou significativamente e quanta informação! Um absurdo em repetições do mesmo assunto, e de outro lado, uma pandemia de fake news de todo o tipo, o que atrapalha ainda mais.
Governo Federal e Governos Estaduais se apresentam na mídia, muito mais preocupados com disputas político-partidárias do que com saúde, economia, que em outras palavras quer dizer a minha e a sua vida. Diferente do que alguns vêm pregando, sobre uma disputa entre saúde X economia, entendo que há uma disputa entre os que colocam política partidária em tudo e àqueles que querem resolver problemas reais das pessoas. Infelizmente vemos uma disputa de espaço entre os que querem aproveitar todos os momentos possíveis para atrair atenção e aqueles que querem salvar vidas, proteger a saúde, proteger os negócios locais, garantir a renda das pessoas, que é o que sustenta quase tudo, na saúde e na doença. Falo de gente que trabalha, que emprega, que paga imposto, que paga as contas, que cuida de si e de quem pode, que é solidária, que sabe que não adianta esperar pelos governos, que parecem não lembrarem-se delas.
Depois de 4 a 5 anos de recessão e estagnação econômica, a redução do movimento, das vendas e até a paralização de muitos negócios como medida de prevenção, a pandemia gera enormes preocupações, com toda a razão de ser, pelos maus resultados que já começam a aparecer.
Creio que mais do que nunca, é hora de pensar grande! Reclamando ou não da pandemia, culpando outros países, outros líderes pela tragédia anunciada não vai amenizar nem desviar os efeitos. Reclamar dos outros, só tira atenção e energia do foco que todos deveríamos ter, que é como vamos nos salvar da pandemia, considerando tanto a doença em si, como seus efeitos na redução das vendas, da produção, faturamento, tributos e outros.
São necessários outros olhares, outras ações, outras opções, outro foco! Mais do que nunca é preciso pensar grande para cooperar, e não competir, na busca de resultados.
Que tal engajar-se pela internet, no apoio aos hospitais e lares de idosos com máscaras, aventais, produtos para desinfecção e outros equipamentos para o trabalho dos profissionais que lá trabalham?
Mesmo de sua casa você pode ajudar as ações para estimular as vendas dos negócios locais na sua cidade, ou mais perto de você?
Fale com a família, amigos, colegas para manter o pagamento dos prestadores de serviços como jardineiras/os, faxineiras/os, piscineiras/os, pintores/as, eletricistas, lavadores de automóveis, e outros serviços das suas casas e empresas, mesmo que em função das ações de distanciamento social os tenham dispensado.
Inspire-se nas boas ideias como a criação de vouchers/bônus vendidos/comprados onde o cliente/consumidor paga agora e usa o serviço depois da volta ao normal de restaurantes, bares, artistas, salões de beleza, barbearias, dentistas, e outros que estão com muita dificuldade para receber clientes agora, mas que precisam seguir pagando aluguel, empregados, energia, água, tributos.
As associações, sindicatos, e outros grupos, poderiam estar mais focados em promover vendas de bens de consumo, bens duráveis e serviços locais com o uso de aplicativos mobile, sites, televendas, integrando com tele- entregas, incluindo aí os aplicativos de mobilidade, taxistas, freteiros, motoboys, todos com muita necessidade de geração de renda.
As licitações públicas que ocorrem no seu município e municípios vizinhos representam grandes oportunidades de vendas com garantia de pagamento. Quem tem um número expressivo de imóveis comerciais locados pode abrir mão de 2 a 3 meses de aluguel, pensando em garantir o inquilino para os próximos anos.
Enfim, pense grande, para sairmos desta juntos e mais fortes!