Ao contrário do que muitos pensam, a Engenharia Mecânica está presente em muitos aspectos de nossa vida que vão bem além dos ambientes fabris. A partir dos conhecimentos adquiridos durante o curso de graduação, o Engenheiro Mecânico tem possibilidade de atuação nos mais diversos segmentos, sendo um deles, a pesquisa, projeto e desenvolvimento de materiais para próteses, bem como de equipamentos e dispositivos que viabilizam e facilitam a execução de técnicas cirúrgicas cada vez mais ágeis e eficientes.
Um exemplo que é válido ressaltar é o do Engenheiro Mecânico brasileiro Aron de Andrade, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (SP), que no ano 2000 desenvolveu o coração artificial. Fabricado em poliuretano e com peso aproximado de 700g, este coração, durante a cirurgia, era então ligado ao natural e alimentado por motor elétrico, evitando a necessidade de retirada do órgão do corpo e permitindo a realização do processo cirúrgico com mais segurança.
Além deste exemplo, pode-se destacar a forte participação da Engenharia Mecânica nos equipamentos de prevenção e tratamento da COVID19 como, a impressão 3D de máscaras de proteção a partir de filamentos poliméricos, e o desenvolvimento de conceitos alternativos de ventiladores mecânicos, mais conhecidos por respiradores.
Ou seja, cada ferramenta, equipamento ou máquina presente nos ambientes hospitalares teve de alguma forma a participação do engenheiro mecânico, seja no desenvolvimento ou seleção do material, no projeto dos componentes, na prototipagem, teste ou validação dos mesmos, bem como nos processos de manutenção hospitalar, contribuindo assim, para o desenvolvimento e inovações nesta área tão significativa.