Quando pensamos nas decisões que temos que tomar sobre 2023, uma das questões frequentes é sobre quais são as tendências da economia, principalmente, mas também da política e demais movimentos pelo mundo que afetam o contexto de cada um. Numa busca pelas principais publicações que sigo, encontrei algumas tendências em comum, indicadas por líderes empresariais altamente influentes e compartilho uma síntese.
A geração Z, nascidos entre 1995 e 2010, aumenta a participação no mercado de trabalho e seguirá trazendo necessidades de mudanças nos sistemas de gestão de pessoas. Os modelos mentais sobre trabalho, emprego, engajamento profissional mudaram e tanto profissionais, quanto as empresas precisam acompanhar, para captar e manter os melhores talentos.
Estudar continuamente ao longo da vida é outra tendência identificada por várias lideranças há um bom tempo. Chega cada vez mais forte no Brasil os conceitos de upskilling - aprimorar habilidades e competências e reskilling – reconstruir/requalificar numa nova área profissional. Todos os profissionais para se manterem em atividade devem seguir sendo estudantes. Os estudantes, por sua vez, devem ser cada vez mais autônomos e protagonistas, tendo os professores como guias, mentores, tutores e orientadores.
ESG - Environmental, Social and Governance (ambiente, sociedade e governança) ganhará cada vez mais atenção, investimentos de diversos setores, espaço na mídia, nos eventos, se tornando cada vez mais importante na decisão nas relações de compra, venda, consumo, investimentos e parcerias. ESG é um termo criado pelo Banco Mundial e está intimamente ligado aos 17 ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, sendo considerando além de uma grande tendência, uma necessária resposta das empresas e instituições frente aos desafios da sociedade contemporânea. São 4 os pilares de ESG: pessoas, planeta (recursos naturais), lucro (resultados financeiros) e propósito (porque você faz o que faz). Para chegar ao maior número de pessoas e organizações, ESG precisa ser vista de forma menos romântica, mais pragmática, superando o discurso que emociona, tratando como parte do negócio, olhando receita, lucro e indicadores de desempenho do negócio.
As pessoas estarão mais dispostas a investir em startups, porém, com mais critérios de todos os lados. Tanto investidores quanto empresários que receberão o investimento devem dedicar tempo para conhecer e entender com quem passarão a se relacionar. O que a pessoa valoriza, quais são suas competências, qual estilo de gestão, nível de educação financeira, de onde vem, planos para o futuro, etc. devem ser analisados antes de fechar o negócio. Falar com outros investidores da empresa ou setor, ou com outras empresas que receberam recursos deste investidor, é um conselho importante para entender o contexto e as tendências da futura relação. Buscar credenciais é um item de segurança. Além do capital, o investidor poderá auxiliar com mentoria, rodadas de negócios, acesso a outras rodadas de investimento?
Outra tendência para 2023 é a valorização do tempo das pessoas. Comece valorizando o seu tempo e procure estar com pessoas e parceiros de negócios que valorizem agilidade, que quer dizer mais fácil, mais simples, mais eficiente, mais compreensível, mais duradouro, dentre outros. Agilismo é uma competência que indico para os amigos leitores adquirirem em 2023, estudando, entendendo e incorporando no dia-a-dia, especialmente aqueles que assumem funções de liderança.
Por Marcelo Blume
Admnistrador, Professor, Vice- Diretor da FAHOR