Mosquitos: estes pequenos insetos causam os maiores problemas de saúde em todo o mundo 

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Você sabe quantas espécies de mosquitos existem no mundo? Existem mais de 2500 espécies de mosquito no mundo, distribuídos em várias regiões do planeta. Claro, nem todas as espécies de mosquito são vetores de doenças, mas algumas são conhecidas por transmitirem  parasitas, como o causador da malária e vírus, como os transmissores da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o animal que mais ameaça a vida humana é nada mais nada menos do que o mosquito. Eles são responsáveis por mais de 700 mil mortes em todo o mundo, anualmente.

Em todo o Brasil, essas doenças existem há um bom tempo, mas no Rio Grande do Sul e especialmente na região Noroeste do Rio Grande do Sul, os casos de Dengue estão aumentando e as mortes pela doença assustam a todos.

Repelentes de mosquito, telas, mosquiteiros e controle de criadouros são algumas das medidas utilizadas para minimizar o contato entre mosquitos e seres humanos e, assim, reduzir o risco de transmissão de doenças. Você sabe com eles funcionam?

A coordenadora do Curso de Engenharia Química da FAHOR, Darciane Kerkhoff auxilia nesse entendimento, ressaltando os conhecimentos e estudos da área para detectar, entender e desenvolver novas soluções para a prevenção de doenças.

De acordo com a professora, os repelentes funcionam através da aplicação de substâncias que criam uma barreira entre a pele e os mosquitos, inibindo sua capacidade de detectar e se aproximar das pessoas. “As substâncias mais comuns encontradas em repelentes incluem DEET (N, N-Dietil-meta-toluamida), IR3535 (3-[N-butil-N-acetil]-aminopropionato de etila) e Icaridina (também conhecida como Picaridina)”, ensina a professora. 

É importante observar que a eficácia dos repelentes pode variar de acordo com fatores individuais, como tipo de pele, atividade física e condições ambientais. Além disso, a duração da proteção pode variar com a concentração do ingrediente ativo na formulação. O uso correto e a reaplicação conforme as instruções do produto são essenciais para garantir a eficácia e a segurança. 

“Existem alguns óleos naturais, como a citronela e o eucalipto-limão, que possuem propriedades repelentes, porém sua eficiência é menor do que as versões industrializadas. Essas substâncias protegem a pele por até duas horas, enquanto os repelentes industrializados têm efeito por até oito horas”, comenta a professora.

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Como a Engenharia contribui na prevenção destas doenças?

 

A habilidade de desenvolver produtos químicos como repelentes está intrinsecamente ligada aos Engenheiros Químicos devido à natureza multidisciplinar dessa área. Os Engenheiros Químicos possuem conhecimentos fundamentais em química, física, biologia e engenharia, o que os coloca em uma posição única para desenvolver e aprimorar esse tipo de formulação. 

No dia a dia dos engenheiros químicos se desenvolvem habilidades para criar formulações específicas, considerando a estabilidade química, a eficácia do repelente e a segurança para uso humano, sendo essa uma expertise dos Engenheiros Químicos. Eles podem otimizar as proporções de ingredientes ativos para garantir a máxima eficácia.

Os Engenheiros Químicos estão constantemente atualizados sobre novos materiais e tecnologias. “Eles podem desenvolver inovações, como encapsulação de ingredientes para liberação controlada, que podem melhorar a durabilidade e eficácia dos repelentes, por exemplo”, conta Darciane.

De acordo com a engenheira química, Darciane Eliete Kerkhoff, conhecimentos em soluções para a saúde, na proteção contra doenças e que possam contribuir para práticas mais seguras e sustentáveis serão cada vez mais necessários, tendo em vista os diversos desafios que impactam na vida urbana e no meio ambiente.

 

Quer saber mais sobre a Engenharia Química? Assista ao nosso vídeo: