A FAHOR promoveu, por meio do curso de Ciências Econômicas, um painel para debater os cenários e as tendências da economia brasileira. O evento foi realizado na noite desta segunda-feira, 23, no auditório do CFJL/FAHOR e contou com a parceria da ACIAP e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. Com a proposta de apresentar análises de situações concretas a respeito da economia, oferecer contribuições para a tomada de decisões, avaliar alternativas e consequências e, como instituição de ensino, participar ativamente do processo de aprendizagem coletiva, os professores economistas da FAHOR falaram sobre a economia em relação ao setor público, à política monetária e infraestrutura, ao mercado cambial e setor externo, ao setor agrícola, e ao mercado de trabalho e inadimplência.
Conforme os painelistas, o cenário para 2015 e 2016 não é otimista e empresas e população em geral devem ter cautela e planejamento para conseguirem se manter financeiramente. Eles citaram os vários fatores que contribuem para esta situação, como o aumento da dívida pública, baixa arrecadação de tributos federais, capitais de curto prazo e gastos públicos, além do conjunto de medidas adotadas pelo governo para recompor as receitas como a redução de investimentos em infraestrutura, retorno de cobrança de impostos sobre combustíveis e outros produtos e operações de crédito. Entre os principais fatores apontados e que são considerados problemáticos para fazer negócios no Brasil estão o fornecimento de infraestrutura inadequada, burocracia ineficiente, alta carga de taxas e impostos, ineficiência das l eis trabalhistas, corrupção e credibilidade. Além disso, a taxa de desemprego subiu consideravelmente acarretando outros problemas, como a diminuição do poder de compra e da demanda por produtos e serviços.
Já para o agronegócio, a curto prazo, as expectativas são positivas, conforme os professores, pois a produção está aumentando e os preços da saca de soja, por exemplo, que é o grão mais produzido no estado do Rio Grande do Sul, estão elevados. A tendência é de aumentar o custo de produção em função do aumento da taxa de câmbio, elevação das taxas de juros, possibilidade de redução de recursos subsidiados pelo governo e elevação dos preços dos combustíveis.
Com os dados, índices e projeções apresentados no painel, gestores e população têm mais subsídios para administrarem seus negócios com mais planejamento para enfrentar esse momento de crise e ao final dela, estarem preparados para a próxima fase, já com cenários mais positivos.
O mediador do Painel foi o vice-diretor da FAHOR, professor Marcelo Blume.