A professora da FAHOR e do CFJL, Marliza Beatris Reichert, retornou do intercâmbio com a Universidade de Bodenkultur, em Viena, na Áustria, (ou Universidade de Recursos Naturais Aplicados a Ciências da Vida), onde participou do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior – PDSE - com bolsa da CAPES. Sua área de estudo é o controle biológico – a bioecologia de ácaros predadores, para estabelecer programas de controle na cultura da soja no Brasil.
Ela explica que durante o mestrado já sentia dificuldade para entender algumas coisas sobre o assunto pesquisado e sabia dos trabalhos avançados nesta área desenvolvidos pelo doutor Peter Schausberger, que é referência mundial no assunto e realiza pesquisas há anos em laboratórios avançados. "Na Áustria, não se cultiva soja, mas o ácaro predador Neoseiulus californicus pode ser encontrado em culturas existentes naquele país onde há pesquisas mais avançadas sobre o comportamento de organismos no controle biológico aplicado. Assim, podemos aplicar aqui no Brasil, que é referência em plantação de soja, o conhecimento aprendido lá", justifica.
O grupo de trabalho era composto por Marliza, mais duas alemãs, uma turca, e uma austríaca. "Minha maior alegria com tudo isso é que o artigo que desenvolvi com os colegas de grupo e com o doutor Peter vai ser publicado. Isso é reconhecimento do trabalho excelente que desenvolvemos", conta.
A professora também fala de sua experiência de convivência durante os 5 meses que passou no país europeu: "Eu fui muito bem recebida e logo me integraram ao grupo. Morei na casa do estudante com garotas de países como a Tchecoslováquia, França, Finlândia e Nova Zelândia. Sentia dificuldades de comunicação, pois eu falo somente a língua local da Áustria, que é alemão, mas lá o inglês é obrigatório. Quem vem de outros países também fala inglês. Tive aulas de alemão no Sinodal Idiomas para reforçar o que eu sabia e treinar conversação, o que me ajudou muito também".
Além das pesquisas, Marliza visitou museus, usinas, laboratórios e a partir disso, conheceu questões culturais e ambientais do país. "Essa experiência que obtive, por exemplo, na visita à usina de combustão de resíduos para produção de energia, será muito útil para minhas aulas de gestão ambiental na FAHOR e de biologia, no CFJL", conclui.
O doutorado será concluído em 2017.